quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

As primeiras comunidades humanas da Península Ibérica

As primeiras comunidades recolectoras

Os primeiros grupos de homens e mulheres que habitaram a Península Ibérica viviam em comunidades: grupos de vinte a quarenta pessoas que partilhavam entre si os abrigos, a comida, os utensílios e os perigos.

Para se protegerem do frio e dos animais ferozes 
refugiavam-se em grutas e outros abrigos existentes nas rochas. Por vezes construíam cabanas com troncos, ramos e peles de animais.
As peles de animais também serviam para se vestirem. Faziam também utensílios de pedra e osso para se protegerem, para caçar, esquartejar animais e raspar e cortar as suas peles.
























As cenas de caça eram gravadas e pintadas nas paredes das grutas onde viviam. A estas gravuras e pinturas chamamos arte rupestre.



Estas comunidades viviam da pesca, da caça, e da recoleção, por isso as chamamos comunidades recolectoras. Isto significa que viviam da recolha do que a Natureza lhes oferecia.

Quando os recursos naturais de um local escasseavam tinham que procurar um novo local com mais frutos e mais animais para sobreviverem. 
Por isso não tinham casa fixa e não permaneciam no mesmo local durante muito tempo. Diz-se então que eram nómadas.
A descoberta do fogo permitiu defenderem-se melhor dos animais ferozes, para se aquecerem e assarem os animais.



As comunidades agro-pastoris




Há cerca de 10000 anos a temperatura subiu, os gelos fundiram-se e o clima tornou-se quente e seco. Os animais de clima frio desapareceram e surgiram novas espécies vegetais e animais.
Ficaram assim reunidas condições para os homens abandonarem as grutas e melhorar a sua forma de vida.

As comunidades agro-pastoris vivam da agricultura, da pastorícia e da domesticação de animais. 


Como viviam perto das terras que cultivavam deixaram de precisar de se deslocar constantemente, tornando-se assim sedentários.
Começou a haver uma maior abundância e diversidade de alimentos o que originou os primeiros povoados.





Começou-se a praticar a cestaria, a cerâmica e a tecelagem. Novos utensílios foram inventados como a foice, a enxada de pedra, o arado de madeira e a mó manual, e deu-se maior uso da roda.





Anta ou dólmen, Alentejo, Portugal

Surge também nesta época vários monumentos em pedra como antas, ou dólmenes, e os menires.


Homens dos castros
Há cerca de 2500 anos  a Península Ibérica era habitada pelos:

Celtas: povos guerreiros vindos no Centro da Europa, eram altos de cabelo e olhos claros e fixaram-se no Norte e Oeste da Península Ibérica.

Chegada dos Celtas à Península Ibérica


Iberos: homens morenos e de estatura média que se fixaram no Sul e Este da Península Ibérica.

Os Iberos só conheciam o cobre e o bronze. Os celtas trouxeram o ouro e o ferro.
Os Celtas trouxeram o ouro e o ferro


Com o passar do tempo estes povos acabaram por se misturar dando origem aos celtiberos.
Estas tribos viviam nos cimos dos montes rodeados por muralhas nas citânias, ou castros.

Castro S. Lourenço (Vila Chã)
Os Castros ou Citânias



Contacto com os povos mediterrânicos

Os povos do sul da Península Ibérica viviam melhor que os do norte principalmente devido ao contato com Fenícios, Gregos e Cartagineses, que eram povos mais evoluídos.
Estes povos dedicavam-se ao comércio. Na Península Ibérica encontraram metais e em troca ofereciam objectos de vidro, adornos, cerâmicas, tecidos de linho e púrpura.
Deixaram-nos novas ideias e costumes e deram a conhecer o alfabeto fenício, a moeda grega e a conservação dos alimentos pelo sal.


Gregos, fenícios e cartagineses na Península Ibérica


Povos mediterrânicos





quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Constituição do microscópio óptico

Constituição do microscópio óptico

Parte mecânica:

tubo ótico: suporta a lente ocular;
revólver: suporta as lentes objectivas e permite que elas rodem;
platina: onde se coloca a preparação;
pinças: fixam a preparação;
braço: onde se pega o microscópio;
parafuso macrométrico: movimenta a platina com grandes deslocamentos;
parafuso micrométrico: movimenta a platina com maior precisão;
base: apoio do microscópio.

Parte óptica:

ocular: lente onde se coloca o olho e que amplia a imagem;
objectiva: lente que fica perto do objecto a ampliar;
espelho: tem duas faces, uma para a luz natural e outra para a luz artificial;
diafragma: regula a entrada da luz.

Utilização do microscópio óptico

Para uma boa utilização do microscópio óptico devemos:
1º Iluminar o microscópio;
2º Colocar a preparação na platina e prendê-la com as pinças;
3º Colocar a objectiva de menor poder de ampliação;
4º Subir a platina utilizando o parafuso macrométrico;
5º Rodar o parafuso micrométrico até obter uma imagem nítida.

A ampliação total de uma imagem é igual ao produto do poder de ampliação da ocular pelo poder de ampliação da objectiva.